EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DE MATO GROSSO DO SUL

terça-feira, 12 de junho de 2018

CRE 02 - EE ABADIA FAUSTINO INÁCIO - CAMAPUÃ/MS

A aula prática de química é uma estratégia cuja função é a busca por respostas para os fenômenos observados. No dia 11 de junho o Professor Mestre de Química Franco Cesar Belchior, da EE Abadia Faustino Inácio de Camapuã/MS, proporcionou aos alunos do Módulo Final I da EJA, aula sobre instrumentação, conhecimento das vidrarias e sobre susbstâncias e misturas.

EE Abadia Faustino Inácio.

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Educação de Jovens e Adultos

Pensar sujeitos para a Educação de Jovens e Adultos em Mato Grosso do Sul é compreender essa modalidade de ensino na multiplicidade de circunstâncias e na dinâmica social contemporânea em que essa diversidade se estabelece. Devido à extensão territorial do estado e a peculiar situação socioeconômica de cada município, é possível identificar perfis distintos de estudantes.

Cabe ressaltar, a partir da constituição histórica do processo de formação do estado de Mato Grosso do Sul, as especificidades e trajetórias distintas dos estudantes da EJA, são povos do campo, das águas e da floresta, atentando-se também para os privados de liberdade, pessoas com necessidades educacionais especificas, público da educação especial e estudantes oriundos de países fronteiriços, Paraguai e Bolívia.

Nos municípios de maior concentração das atividades econômicas, associadas aos diferentes setores da economia sul-mato-grossense, observa-se que os estudantes trabalhadores buscam essa modalidade de ensino como uma oportunidade de concluírem os estudos, muitas vezes por exigência do próprio trabalho. Entretanto, é crescente o desejo dos estudantes em darem continuidade aos estudos visando o ensino superior, uma vez que entendem o valor significativo da educação no exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Assim sendo, o currículo na Educação de Jovens e Adultos não deve ser entendido como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nos componentes curriculares, mas sim como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes estão articulados à realidade que o estudante encontra-se, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas do conhecimento.

Parafraseando Paulo Freire (1996) a educação influi na prática social do sujeito, dessa perspectiva, percebe-se que os estudantes que buscam os cursos de EJA procuram mais que conhecimentos prontos para serem reproduzidos, querem se sentir sujeitos ativos e participativos na sociedade em que estão inseridos. Sendo assim, a Educação de Jovens e Adultos deve ser ofertada com o objetivo de contribuir para um aprendizado culturalmente significativo ao estudante, com vistas a possibilitar sua formação integral e efetiva participação social.

Maria Joana Durbem Mareco

Gestora do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos

Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul